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Imagem do furacão Florence, que atingiu a costa da Carolina do Norte (EUA) em 14 de setembro de 2018, fotografado a partir da estação espacial internacional ISS com lente grande angular.

Evolução da nomenclatura dos furacões

 A regra adotada para batizar os diversos furacões e tufões que se formam na Terra todos os anos mudou com o tempo, constituindo um assunto complexo.

  • Alguns nomes regionais

    • Nas ilhas caribenhas

Mapa geopolítico mostrando a região do Caribe.

Antigamente, davam-se os nomes dos furacões de acordo com os santos do calendário litúrgico católico romano. Um exemplo é o Furacão San Felipe, que atingiu Porto Rico em 13 de setembro de 1876. Em vista disso, quando havia mais de um furacão na mesma data, mas anos diferentes, referiam-se a eles como, por exemplo, Furacão San Felipe I e Furacão San Felipe II.

    • Nos Estados Unidos

Mapa do caminho que o Furacão Katrina fez.

 

Os nomes eram dados aos furacões segundo a latitude e a longitude do local em que o ciclone havia sido originado. Por serem nomes difíceis tanto de lembrar como para passar informação, era muito fácil para esta regra originar algum erro, algumas vezes colocando vidas em jogo.

 

Em meio à Segunda Guerra Mundial, começou-se a utilizar exclusivamente nomes femininos para furacões. A ideia era facilitar a comunicação em situações de emergência. A ideia teve efeito positivo, tanto que, em 1953, o Centro Nacional de Furacão (National Hurricane Center, órgão americano de monitoramento e alerta para os furacões) passou a utilizá-lo como oficial.

Em 1978, com o reconhecimento de que a regra dos nomes excliusivamente femininos feria princípios básicos de igualdade entre os sexos, adotou-se também a regra de utilizar nomes masculinos no Norte do Pacífico e, em 1979, no Atlântico Norte, sempre alternando entre os gêneros.

Símbolo da Organização Meteorológica Mundial.

Atualmente, há listas de nomes para os possíveis furacões, organizados pela Organização Meteorológica Mundial (OMM). Essas listas contêm nomes com iniciais de A a W, sem contar com o Q e o U, sendo metade femininos e metade masculinos e, assim, a cada seis anos as listas são recicladas, tendo como exceção os nomes de furacões que causaram muitos danos, como o Katrina.

 Curiosidade: em 2005, a temporada de furacões no Atlântico Norte (que vai de maio a novembro todos os anos) foi tão prolífica e ativa, que houve a necessidade de se adotar os nomes das letras gregas alpha, beta, gamma, delta, epsilon, e zeta. Nessa mesma temporada, foram ainda utilizadas letras iniciais do alfabeto que normalmente não se usam nas listas anuais, como Wilma e Katrina. No caso de Katrina, o furacão foi tão destrutivo que mereceu nome especial. 

Referências:

http://timoragora.blogspot.com/2017/10/organizacao-meteorologica-mundial-apoia.html

http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=952&evento=5

https://www.estudopratico.com.br/mar-caribe/